Sumiço de aliados impõe a Lula derrota vexatória na CPMI do roubo do INSS

Sumiço de aliados impõe a Lula derrota vexatória na CPMI do roubo do INSS


Deputado Alfredo Gaspar (E), relator da CPI Mista do roubo do INSS, e o senador Carlos Viana (D), presidente do colegiado (Foto: Saulo Cruz/Ag. Senado)

Por Cláudio Humberto


Porto Velho, RO- Uma reviravolta garantiu à oposição o comando da CPI Mista do INSS e a investigação do roubo aos aposentados e impôs mais uma derrota a Lula (PT). Mas isso não teria sido possível sem ausência de governistas que mais se beneficiam das benesses do Planalto. Humilhado na derrota, Omar Aziz (PSD-AM), queixou-se em conversas reservadas dos “mui amigos” que deram o bolo: senadores Cid Gomes (PSB-CE) e Renan Calheiros (MDB-AL), que nem deram as caras, e Eduardo Braga (MDB-AM), que só chegou em cima do laço.

Chego já

Foi decisiva também a ausência dos deputados Rafael Brito (MDB-AL), Bruno Farias (Avante-MG) e Mário Heringer (PDT-MG).

Salto alto
Omar Aziz passou vergonha: “posou para fotos” como presidente antes do jogo, dando entrevistas como presidente da CPMI.

Perdeu, mané
Neolulista dedicado, Hugo Motta (Rep-PB) também pagou mico: até anunciou o correligionário aliado Ricardo Ayres (TO) como relator.

Água no chopp
A oposição emplacou no comando da CPI o senador Carlos Viana (Pode-MG) e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator.


Deputado distrital Chico Vigilante. (Foto: Diário do Poder).

Petista Chico Vigilante pede civilidade na política
Parlamentar por sete mandatos, dois deles federais, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) tem saudades dos tempos em que conflitos políticos eram resolvidos com negociação, muito diálogo: “O que está faltando na política é civilidade”, disse ele em entrevista ao podcast Diário do Poder. “A eleição termina quando no último voto”, diz ele, para depois “todo mundo descer do palanque e trabalhar pelo Brasil”.

Crise tem

Vigilante admite que o Brasil vive “crise grave” com os EUA, mas para ele o culpado é Donald Trump, “que quer ser o imperador do mundo”.

Difícil

Para o parlamentar petista, a negociação é necessária e o Brasil deve se empenhar e acredita que empresários terão papel nas tratativas.

Passou de maduro

Vigilante criticou o ditador da Venezuela: “Eu não tenho admiração pelo [Nicolás] Maduro”, mas critica acusação dos EUA de ser líder de cartel.

Poder sem Pudor

Estado de absurdo

Governador da Bahia no final dos anos 1940, Otávio Mangabeira despachava em seu gabinete quando um assessor entrou esbaforido: “Governador, aconteceu um absurdo!” Foi o mote para a frase histórica de Mangabeira: “⁠Calma, meu caro. Não há absurdo que não tenha precedente na Bahia...”

BTG é tricolor

Após os golaços da parceria entre BRB e Flamengo, multiplicando o valor de mercado do banco, e com rival XP investindo na Cazé TV, o BTG resolveu entrar em campo com 60% na SAF do Fluminense.

Não perdem por esperar

Na CPI do INSS, o Brasil conhecerá melhor Alfredo Gaspar (União-AL), procurador experiente (chefiou o MP de Alagoas), destemido, focado, investigador experiente. Os ladrões do INSS não perdem por esperar.

Suprema ironia

Velho comuna, Flávio Dino ironizou o estrago que fez na Bolsa. “Não sabia que era tão poderoso”. Bancos perderem R$42 bilhões em valor de mercado. Ele viu “especulação financeira”. Não sabe o que diz.

Caixão e vela preta

Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder de Lula no Congresso, parecia em velório, ao justificar a derrota na CPMI do INSS. Tentando sair pela tangente, disse que a base “dormiu no ponto”. Ele incluído.

Frase do dia

“Ainda vai enfrentar mais derrotas no Congresso”

Deputado Coronel Tadeu (PL-SP) faz previsões para o governo Lula

Camarão dormiu

Enquanto governistas e sindicalistas picaretas celebravam a CPMI “sob controle”, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), varava a madrugada em costura pela derrota de Lula.

Vai que é tua, Chico

Até agora poupado nas investigações do roubo do INSS, o irmão de Lula, Frei Chico, dirigente de sindicato beneficiado pela bandalheira, já entrou na mira da oposição e deve ser convocado para depor.

Pé no freio

Rogério Marinho (PL-RN) rechaça ideia de revanchismo ao defender o impeachment de Alexandre de Moraes (STF), acusado pelo senador de perseguir quem pensa diferente. Afirma que é um “freio à tirania”.
Avançou

Por pouco, mas passou, na CCJ do Senado, a impressão do voto, em dia de glória para a oposição. O texto ainda precisa ser votado no plenário e, se passar, seguirá na Câmara dos Deputados.

Pensando bem...

...a esperança é a última que morre, até no STF.
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