Para pegar Bolsonaro, vale até trazer de volta a CPI da Covid

Para pegar Bolsonaro, vale até trazer de volta a CPI da Covid

O ministro do STF Flávio Dino. (Foto: Gustavo Moreno/STF)


Por Alexandre Garcia



O ministro do STF Flávio Dino acolheu a proposta do Ministério Público de abrir o inquérito sugerido por aquela CPI de triste memória, a CPI do circo, a CPI da Covid, aquele horror feito para encontrar culpados, embora todos soubéssemos quem são. No inquérito estão Jair Bolsonaro, pessoas ligadas a ele, os que criticavam a vacina experimental, os que pregavam o tratamento para salvar vidas. Estão todos lá. Vamos ver agora o que vai sair disso, anos depois. O sedimento já desceu e já temos os resultados de uma vacina aplicada sem passar por todas as fases experimentais, já sabemos o que deu certo, que tratamentos funcionaram, o que levava à cura em poucos dias, com custo baixo e sem hospitalizar ninguém. Mas este é o Brasil, onde as pessoas ficaram aferradas de tal forma à sua ideologia que vale tudo.
Auxílios são arma do populista contra quem trabalha e gera riqueza

Uma crítica feita pelo governador de Minas Gerais está levantando uma discussão sobre o Bolsa Família. No Nordeste, há mais beneficiários de Bolsa Família que trabalhadores com carteira assinada; falta mão de obra, porque as pessoas preferem ganhar dinheiro sem trabalhar – é óbvio, é a lei do menor esforço. Por causa disso, faltam trabalhadores em atividades essenciais, que exigem mão de obra extensiva, com construção civil, alguns tipos de lavoura e de criação.


Isso tem ocorrido no Brasil inteiro. Fiz uma palestra para a Bayer Algodão e perguntei: que país é esse, em que se estimula o não trabalho, dando ajuda a quase 100 milhões de pessoas? E que ajuda é essa? Vem de Marte, cai do céu como o maná? Não! Ela vem dos impostos daqueles que trabalham. Uma metade do país trabalha e paga impostos para sustentar uma outra metade. Isso jamais dará certo, porque vai crescer cada vez mais. Agora mesmo estão falando em mais um auxílio, como esse novo programa do gás. Propõem auxílio e mais auxílio, quando o melhor auxílio seria um ensino eficaz, que ensinasse letras, números, ciências e artes para as pessoas, deixando-as com a infraestrutura para aprender, gerar algum bem, produzir e criar riqueza.

Isso é o básico da economia e da sobrevivência de um país, pois não existe outra saída. O Estado não cria riqueza, ele apenas transfere riqueza de uns para os outros. Mas, quando os “outros” são em maior número que os “uns”, vai faltar riqueza, e a pobreza será generalizada. Só que esse é um círculo virtuoso para quem deseja o poder a qualquer preço: o dependente do Estado também concede o seu voto, fica preso ao voto. E aí o populista conquista esse voto que mantém o seu poder. Em outras palavras, usam o seu imposto para conquistar o voto que vai derrotar você. Não é assim que funciona?


Trump recebe tratamento de rei na Inglaterra

Donald Trump foi tratado como rei na Inglaterra, pelo rei Charles, no Castelo de Windsor. Fazia tempo que eu não via tal cerimônia. E eu não sabia: ele próprio disse, no discurso, que foi o primeiro presidente dos Estados Unidos (uma ex-colônia britânica) a ser recebido com uma recepção no Castelo de Windsor. Foi uma coisa magnífica. Fiquei meio chocado ao ver o rei, parece que está envelhecido; perto dele, Trump parece um jovem super-homem. Mas falo no presidente dos EUA porque o secretário de Estado Marco Rubio prometeu para os próximos dias uma reação maior do governo norte-americano sobre medidas que ele chama de “deterioração da democracia” no Brasil.
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