CPMI do INSS pode ser maior que a Lava Jato e o Mensalão

CPMI do INSS pode ser maior que a Lava Jato e o Mensalão

Senadores e deputados abrem trabralhos da CPMI do INSS. (Foto: Vinícius Sales/Gazeta do Povo)



Por Alexandre Garcia


Confirmado: ocorre nesta segunda-feira (15) um grande depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS que apura o desvio de bilhões de reais e teria atingido milhões de idosos e até crianças com doenças graves, beneficiários da Previdência. Vai depor o careca do INSS, o Antônio Carlos Camilo Antunes.

Consta que ele concordou em depor porque quer se defender. Então, ele vai ter que contar. E a gente sabe que ele não é funcionário da Previdência nem do governo. Obviamente, para fazer tudo o que fez ao lado de seu sócio, Maurício Camisote - já preso -, era necessária a contrapartida dentro do governo. Não tem como alguém achar que alguém de fora fez tudo, sem contrapartida dentro do governo, sem dividir o dinheiro.

E teve muito dinheiro envolvido, porque foram apreendidos, segundo informações, carros de luxo: um Bentley e uma Ferrari. É bom a gente lembrar que a Polícia Federal estava investigando o caso e o ministro Dias Toffoli pediu todos os inquéritos, não sei a troco de quê. Ele não era o relator. O Procurador-Geral da República reagiu: “Opa, peraí. Queremos um relator para tocar isso”. Houve sorteio e o caso foi para as mãos do ministro André Mendonça, e aí o processo passou a andar. Já são dois presos e um advogado com pedido de prisão negado pelo ministro Mendonça.

O processo avançou e agora há um prato cheio de investigações. A Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos é apontada como principal beneficiária, mas há muita gente envolvida. Vamos esperar. Este pode ser um grande momento. Vejo algo maior que a Lava Jato, maior que o Mensalão. Aliás, falando em Mensalão, o careca do INSS lembra Marcos Valério, até no perfil físico. Ele parece ser apenas um eixo, mas muita gente ainda deve aparecer.
Lula elogia Supremo no NY Times

O presidente Lula publicou um artigo de opinião no jornal New York Times neste domingo (14). Ele elogiou o Supremo por condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, orquestrou uma tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Lula disse no texto que está orgulhoso do Supremo. Criticou Trump afirmando que está usando tarifa e a Lei Magnitsky para buscar impunidade de Bolsonaro. Continuou defendendo o Supremo, dizendo que a justiça não é “caça às bruxas”, nem está perseguindo as big techs americanas. E depois disse que é desonesto chamar regulação de redes de censura. Então eu vou ser desonesto agora: eu digo que querem regular as redes para fazer censura política, porque já existem os meios de combater discurso de ódio, pornografia, agressão a crianças e adolescentes. O Estatuto da Criança e da Adolescente, o Código Penal, está tudo lá, é só aplicar. Não precisa fazer censura, porque, aliás, a censura é proibida pela Constituição. É impossível pela Constituição, a menos que esta seja desrespeitada.
Movidos pelo ódio

Uma outra questão que eu queria comentar é o caso daqueles que festejaram o tiro, que era para ser na cabeça, mas pegou no pescoço, do Charlie Kirk, um religioso, pai de família, pai de duas filhinhas.

Eu me pergunto, pergunto a vocês: quem festeja um crime de violência? Não é igualzinho ao assassino? É movido pelo mesmo ódio, pelas mesmas emoções, os mesmos sentimentos do assassino. É isso que precisamos considerar com tristeza. Mas esse ódio vem sendo pregado há muito tempo. Lembrem-se de Marilena Chaui gritando: “eu odeio a classe média”. Ou de Mauro Iasi, no encontro do PT, citando Bertolt Brecht, dramaturgo comunista, ao dizer: “uma boa espingarda, uma boa bala para botar esse fascista no paredão, uma boa pá para fazer uma boa cova para ele”. Esses são exemplos da pregação de ódio repetida por anos e anos.

O ódio que a gente vê nas universidades não é só com o advogado Jeffrey Chiquini. Qualquer aluno que entre em uma universidade federal com uma camisa de outra cor que não seja o vermelho vai sofrer esse ódio. Põe o verde e amarelo para ver o que acontece. Põe a camisa da seleção que é expulso. É o ódio que é pregado. O ódio é o oposto do principal mandamento do cristianismo, que faz parte da nossa cultura judaico-cristã, que é o amor. O ódio é o oposto.
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