Idosa apanha na cadeia, mas Lula acha que não se desrespeita direitos humanos no Brasil

Idosa foi alvo de violência no Presídio Feminino de Florianópolis, em Santa Catarina (SC) (Foto: Sejuri / Governo de Santa Catarina)


Por Alexandre Garcia



Porto Velho, RO-O presidente Lula assinou uma medida provisória que supostamente serve para suavizar os efeitos da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, para aqueles setores afetados, diretamente ou indiretamente. São vantagens tributárias, créditos tributários, e a criação (sempre têm de criar algo) de uma Câmara Nacional de Acompanhamento de Emprego em nível nacional e em níveis regionais. Teremos mais folha de pagamento? Mais locação de imóveis federais? Mais despesa para o contribuinte? Aliás, “contribuinte” não, “pagador de impostos” é mais direto.
PGR é contra prisão domiciliar para idosa agredida na cadeia; isso é “respeito aos direitos humanos”?

E o presidente Lula continua fazendo declarações que não batem com a realidade. Falando daquele relatório do Departamento do Estado que foi enviado ao Congresso dos Estados Unidos, sobre a deterioração da democracia e dos direitos humanos no Brasil, ele disse que “ninguém está desrespeitando direitos humanos no Brasil”. E disse isso um dia depois de a Procuradoria-Geral da República recusar o pedido da defesa de dona Jucilene Nascimento, 62 anos, agredida na prisão feminina de Florianópolis; o rosto dela ficou deformado. Ela tem doenças, comorbidades; a defesa pediu prisão domiciliar, mas a PGR foi contra. Eis aí o nível dos direitos humanos no Brasil.

Até o Nilmário Miranda, que já escreveu um livro sobre prisões por opinião política no Brasil, caiu fora da assessoria do Ministério dos Direitos Humanos, dizendo que vai cuidar do PT de Minas Gerais. Quase ao mesmo tempo, Eneá de Stutz, ex-presidente da Comissão de Anistia – não a anistia de agora, mas aquela de 1979, de 1964 –, pediu para sair do cargo de conselheira, dizendo que há uma “indústria de processos”. Será que ela descobriu só agora? “Cansei de apanhar”, disse ela em entrevista. As pessoas estão começando a cansar. “Não me restou outra alternativa a não ser deixar a comissão”, ela ainda afirmou. Como ela é professora, vou reclamar: “alternativa” já contém “outra”, já que alter é “outro”. Então, como qualquer professor deveria saber, “outra alternativa” é um pleonasmo.

É loucura negar que estejamos todos respeitando a democracia e os direitos humanos. Não esqueçam que direitos humanos também são os direitos políticos, os direitos individuais, de liberdade de expressão, de liberdade de culto, o direito de ir e vir, a liberdade de reunião, tudo isso que foi cortado durante a pandemia, por exemplo.

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Operação da PF mostra que as fraudes no INSS não param

A Polícia Federal fez uma operação, com mandados de busca e apreensão, contra ex-funcionários da Caixa Econômica Federal que estavam em um esquema para enganar o INSS. Vejam como é frágil o sistema do INSS: a Caixa Econômica usa, e funcionários corruptos conseguem fraudá-lo. Eles foram demitidos no último ano do governo Bolsonaro; e não é que continuaram tocando o esquema de fora da Caixa, terceirizando coisas lá dentro? Um deles tinha dinheiro em casa, como costuma acontecer.
O que um cargueiro russo veio fazer em Brasília?

Todos ficaram preocupados com a história do Ilyushin-76, um gigantesco avião de carga russo, de quatro turbinas, que veio, passou pelo Azerbaijão, fez escala na Guiné, e pousou no Brasil. Ele é de uma empresa sancionada pelos Estados Unidos por transportar armas para a Coreia do Norte e para a Venezuela, mas mesmo assim aterrissou em Brasília. Parece que a Anac não soube dar informações, e por isso o senador Márcio Bittar (União-AC) formalizou um pedido de informações ao Ministério da Defesa e ao Ministério de Relações Exteriores, para saber o que esse avião está fazendo lá em Brasília. A aeronave estava programada para ir embora na quarta-feira, mas ficou esse mistério. Enquanto isso, há aviões americanos aparecendo lá em Mato Grosso do Sul, mas nesse caso sabemos bem do que se trata: é uma operação conjunta, praticamente anual, entre forças armadas brasileiras e americanas.
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