
Porto Velho, RO - Estamos caminhando para a reta final do ano de 2025 e um dos assuntos predominantes nos bastidores da política, a cada dia mais comentado, são as Eleições 2026, quando serão reeleitos e eleitos presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, além da Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Só não teremos eleições para prefeito, vice e vereador, que foram realizadas em 2024.
Para Rondônia, as eleições para governador, senadores e deputados (federais e estaduais) são priorizadas nos bastidores da política, a cada dia mais movimentados. Além dos nomes cotados para os diversos cargos eletivos, o partido político também é fundamental. Hoje não temos mais as coligações — quando vários partidos poderiam unir forças nas eleições — apenas a possibilidade de formatar federações, nem sempre uma situação favorável, pois elas se agregam, mas não somam.
Na disputa pela sucessão estadual já temos alguns nomes que teriam condições de concorrer e obter sucesso. Dos políticos com mandatos, não há como ignorar o senador Confúcio Moura, presidente regional do MDB, que já ocupou o cargo em dois mandatos seguidos antes de se eleger ao Senado.
Pessoas próximas ao senador, que têm ligações com o presidente Lula da Silva (PT) e sua equipe, ventilam nos bastidores a possibilidade de Confúcio vir a ser considerado para compor como vice em uma eventual chapa de Lula nas Eleições 2026. O espaço político que Confúcio teve na recente visita de Lula a Rondônia reforçou essas especulações.
Também estão na fila da disputa ao governo o deputado federal Fernando Máximo (União). Foi o federal mais bem votado em 2022 (85.596 votos), ocupou o cargo de secretário de Saúde no primeiro mandato do governador Marcos Rocha e se destacou no controle e combate à Covid-19. Se conseguir um bom vice, de preferência do interior, poderá disputar o Governo do Estado em condições de igualdade com os candidatos mais bem avaliados em enquetes. Certamente terá que mudar de partido.
O vice-governador Sérgio Gonçalves (União) é nome certo para as eleições de outubro do próximo ano. O governador Rocha é pré-candidato ao Senado e terá que renunciar seis meses antes das eleições. Sérgio assumirá e terá condições de concorrer à reeleição. Seu irmão, ex-chefe da Casa Civil, que durante cerca de seis anos foi o nome forte do Governo Rocha (foi demitido recentemente), preside o União Brasil em Rondônia. Sérgio não terá dificuldades em concorrer à reeleição.
Também da Capital de Rondônia, o ex-prefeito Hildon Chaves, presidente regional do PSDB, dois mandatos seguidos, é nome expressivo a concorrer à sucessão estadual. Deixou a prefeitura em dezembro de 2024 com mais de 80% de aprovação e, a exemplo de Máximo, também depende de um vice de comprovada força política interiorana.
O interior também busca o retorno da hegemonia dos governadores. Antes de Marcos Rocha, que tem domicílio eleitoral em Porto Velho, somente Oswaldo Piana, eleito em 1990, era da Capital. Após Piana, tivemos Valdir Raupp (MDB), de Rolim de Moura; José Bianco, de Ji-Paraná; Ivo Cassol (dois mandatos seguidos), de Rolim de Moura; e Confúcio Moura (MDB), dois mandatos seguidos de Ariquemes. Rocha quebrou a hegemonia interiorana na política nas eleições de 2018 e a manteve em 2022, quando se reelegeu.
O nome de maior representatividade política no interior é o do prefeito reeleito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), com mais de 83% dos votos válidos. Ele já foi deputado estadual e demonstrou força político-eleitoral nas eleições de 2024.
A situação de Fúria é diferente da dos pré-candidatos da Capital. Precisa de um bom nome que tenha representatividade política em Porto Velho para formatar uma chapa em condições de sucesso.
Recentemente, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, presidente regional do Podemos, disse publicamente que o prefeito reeleito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), que somou mais de 74% dos votos válidos, tem condições de disputar a sucessão estadual. É uma liderança emergente do Cone Sul e, caso consiga um bom nome a vice, de preferência de Porto Velho, tem chances de disputar um segundo turno, porque dificilmente teremos eleições com candidato vitorioso no primeiro turno em Rondônia nas Eleições 2026.
A disputa das duas vagas ao Senado promete ser equilibrada e empolgante. Hoje elas são ocupadas por Marcos Rogério, presidente do PL no Estado, e Confúcio Moura (MDB).
O líder nacional da direita, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicou o pecuarista de Ji-Paraná, Bruno Scheid, como pré-candidato ao Senado pelo partido.
Marcos Rogério estava formatando uma candidatura a governador, como em 2022, quando foi derrotado no segundo turno por Marcos Rocha (UB), que se reelegeu. Terá que analisar com muita cautela seu futuro político. O PL já tem Jaime Bagattoli, eleito em 2022. Eleger mais dois candidatos ao Senado é uma missão hercúlea, quase impossível. Tudo indica que Rogério irá à reeleição e dividirá os votos, principalmente em Ji-Paraná com Scheid, o que não seria bom para o partido.
Outra situação que os dirigentes partidários terão que analisar com extremo cuidado é a disputa pelo Senado. São duas vagas (Rogério e Confúcio). Em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do Estado, há possibilidades de entrar na disputa quatro candidatos.
Estão na lista de prováveis postulantes ao Senado Rogério (reeleição), Scheid, o ex-senador e presidente regional do PDT, Acir Gurgacz, que deverá também ser o candidato do PT em Rondônia, e a deputada federal Sílvia Cristina, que preside o PP no Estado. Além de Scheid, os demais são nomes expressivos que já enfrentaram as urnas em mais de uma oportunidade com sucesso. O município poderá ficar sem nenhum representante no Senado, apesar dos nomes considerados expressivos.
Ji-Paraná, apesar de ser o segundo colégio eleitoral do Estado, com mais de 100 mil eleitores, não tem a maioria de políticos eleitos. Hoje tem dois deputados estaduais (Laerte Gomes - PSD, o mais bem votado no Estado em 2022, com mais de 25 mil votos; Cláudia de Jesus - PT; e Nim Barroso - PSD). No Congresso Nacional, Marcos Rogério, no Senado, e Sílvia Cristina (PP), na Câmara Federal.
A maior representatividade política (federal e estadual) regional, que já foi de Rolim de Moura, Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, hoje é de Ariquemes. O município, comandado pela prefeita reeleita Carla Redano (União), tem o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos); o senador Confúcio Moura (MDB); os deputados federais Thiago Flores (Republicanos) e Rafael O Fera (Podemos); e os estaduais Rodrigo Camargo (Republicanos) e Alex Redano. Fortalecendo a região, temos Pedro Fernandes (PRD), de Buritis, e Lucas Torres (PP), de Cujubim.
Com a grande divisão na disputa pelo Senado, com Ji-Paraná tendo quatro pré-candidatos, três com potencial de voto comprovado, o deputado estadual delegado Rodrigo Camargo, que já trabalha a pré-candidatura ao Senado, poderá surpreender.
As Eleições 2026 prometem...
Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
Para Rondônia, as eleições para governador, senadores e deputados (federais e estaduais) são priorizadas nos bastidores da política, a cada dia mais movimentados. Além dos nomes cotados para os diversos cargos eletivos, o partido político também é fundamental. Hoje não temos mais as coligações — quando vários partidos poderiam unir forças nas eleições — apenas a possibilidade de formatar federações, nem sempre uma situação favorável, pois elas se agregam, mas não somam.
Na disputa pela sucessão estadual já temos alguns nomes que teriam condições de concorrer e obter sucesso. Dos políticos com mandatos, não há como ignorar o senador Confúcio Moura, presidente regional do MDB, que já ocupou o cargo em dois mandatos seguidos antes de se eleger ao Senado.
Pessoas próximas ao senador, que têm ligações com o presidente Lula da Silva (PT) e sua equipe, ventilam nos bastidores a possibilidade de Confúcio vir a ser considerado para compor como vice em uma eventual chapa de Lula nas Eleições 2026. O espaço político que Confúcio teve na recente visita de Lula a Rondônia reforçou essas especulações.
Também estão na fila da disputa ao governo o deputado federal Fernando Máximo (União). Foi o federal mais bem votado em 2022 (85.596 votos), ocupou o cargo de secretário de Saúde no primeiro mandato do governador Marcos Rocha e se destacou no controle e combate à Covid-19. Se conseguir um bom vice, de preferência do interior, poderá disputar o Governo do Estado em condições de igualdade com os candidatos mais bem avaliados em enquetes. Certamente terá que mudar de partido.
O vice-governador Sérgio Gonçalves (União) é nome certo para as eleições de outubro do próximo ano. O governador Rocha é pré-candidato ao Senado e terá que renunciar seis meses antes das eleições. Sérgio assumirá e terá condições de concorrer à reeleição. Seu irmão, ex-chefe da Casa Civil, que durante cerca de seis anos foi o nome forte do Governo Rocha (foi demitido recentemente), preside o União Brasil em Rondônia. Sérgio não terá dificuldades em concorrer à reeleição.
Também da Capital de Rondônia, o ex-prefeito Hildon Chaves, presidente regional do PSDB, dois mandatos seguidos, é nome expressivo a concorrer à sucessão estadual. Deixou a prefeitura em dezembro de 2024 com mais de 80% de aprovação e, a exemplo de Máximo, também depende de um vice de comprovada força política interiorana.
O interior também busca o retorno da hegemonia dos governadores. Antes de Marcos Rocha, que tem domicílio eleitoral em Porto Velho, somente Oswaldo Piana, eleito em 1990, era da Capital. Após Piana, tivemos Valdir Raupp (MDB), de Rolim de Moura; José Bianco, de Ji-Paraná; Ivo Cassol (dois mandatos seguidos), de Rolim de Moura; e Confúcio Moura (MDB), dois mandatos seguidos de Ariquemes. Rocha quebrou a hegemonia interiorana na política nas eleições de 2018 e a manteve em 2022, quando se reelegeu.
O nome de maior representatividade política no interior é o do prefeito reeleito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), com mais de 83% dos votos válidos. Ele já foi deputado estadual e demonstrou força político-eleitoral nas eleições de 2024.
A situação de Fúria é diferente da dos pré-candidatos da Capital. Precisa de um bom nome que tenha representatividade política em Porto Velho para formatar uma chapa em condições de sucesso.
Recentemente, o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, presidente regional do Podemos, disse publicamente que o prefeito reeleito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), que somou mais de 74% dos votos válidos, tem condições de disputar a sucessão estadual. É uma liderança emergente do Cone Sul e, caso consiga um bom nome a vice, de preferência de Porto Velho, tem chances de disputar um segundo turno, porque dificilmente teremos eleições com candidato vitorioso no primeiro turno em Rondônia nas Eleições 2026.
A disputa das duas vagas ao Senado promete ser equilibrada e empolgante. Hoje elas são ocupadas por Marcos Rogério, presidente do PL no Estado, e Confúcio Moura (MDB).
O líder nacional da direita, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicou o pecuarista de Ji-Paraná, Bruno Scheid, como pré-candidato ao Senado pelo partido.
Marcos Rogério estava formatando uma candidatura a governador, como em 2022, quando foi derrotado no segundo turno por Marcos Rocha (UB), que se reelegeu. Terá que analisar com muita cautela seu futuro político. O PL já tem Jaime Bagattoli, eleito em 2022. Eleger mais dois candidatos ao Senado é uma missão hercúlea, quase impossível. Tudo indica que Rogério irá à reeleição e dividirá os votos, principalmente em Ji-Paraná com Scheid, o que não seria bom para o partido.
Outra situação que os dirigentes partidários terão que analisar com extremo cuidado é a disputa pelo Senado. São duas vagas (Rogério e Confúcio). Em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do Estado, há possibilidades de entrar na disputa quatro candidatos.
Estão na lista de prováveis postulantes ao Senado Rogério (reeleição), Scheid, o ex-senador e presidente regional do PDT, Acir Gurgacz, que deverá também ser o candidato do PT em Rondônia, e a deputada federal Sílvia Cristina, que preside o PP no Estado. Além de Scheid, os demais são nomes expressivos que já enfrentaram as urnas em mais de uma oportunidade com sucesso. O município poderá ficar sem nenhum representante no Senado, apesar dos nomes considerados expressivos.
Ji-Paraná, apesar de ser o segundo colégio eleitoral do Estado, com mais de 100 mil eleitores, não tem a maioria de políticos eleitos. Hoje tem dois deputados estaduais (Laerte Gomes - PSD, o mais bem votado no Estado em 2022, com mais de 25 mil votos; Cláudia de Jesus - PT; e Nim Barroso - PSD). No Congresso Nacional, Marcos Rogério, no Senado, e Sílvia Cristina (PP), na Câmara Federal.
A maior representatividade política (federal e estadual) regional, que já foi de Rolim de Moura, Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, hoje é de Ariquemes. O município, comandado pela prefeita reeleita Carla Redano (União), tem o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos); o senador Confúcio Moura (MDB); os deputados federais Thiago Flores (Republicanos) e Rafael O Fera (Podemos); e os estaduais Rodrigo Camargo (Republicanos) e Alex Redano. Fortalecendo a região, temos Pedro Fernandes (PRD), de Buritis, e Lucas Torres (PP), de Cujubim.
Com a grande divisão na disputa pelo Senado, com Ji-Paraná tendo quatro pré-candidatos, três com potencial de voto comprovado, o deputado estadual delegado Rodrigo Camargo, que já trabalha a pré-candidatura ao Senado, poderá surpreender.
As Eleições 2026 prometem...
Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica