A bronca de Michelle em deputado do PL que prometeu churrasco para Bolsonaro em prisão domiciliar


Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega/PR

Porto Velho, RO - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para cobrar “sensibilidade” de aliados autorizados pelo Supremo Tribunal Federal a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na prisão domiciliar, em Brasília. O episódio ocorre horas depois de o deputado Zucco (PL-RS) publicar um vídeo, nesta quinta-feira 14, para divulgar um churrasco que faria para o ex-capitão durante uma dessas visitas.

Zucco, nas redes, aparece segurando duas peças de picanha e diz que levaria carvão para preparar a carne para Bolsonaro nesta quinta. Ele foi autorizado, dias antes, a visitar o aliado preso. As visitas, porém, precisam ser feitas sob uma série de regras. A principal delas proíbe o uso de celular e a gravação de conteúdos com o ex-presidente. Fotos de Bolsonaro na prisão também não estão autorizadas.

Segundo Michelle, o churrasco divulgado por Zucco não teve ‘anuência’ do clã Bolsonaro e não teria saído do papel. “O episódio ocorrido hoje em minha residência, envolvendo o deputado Zucco, não contou com a nossa anuência. A visita tinha caráter restrito, breve e voltado exclusivamente a fins humanitários”, escreveu a ex-primeira-dama em uma rede social. “Tal evento [o churrasco] não ocorreu”, emendou.

Michelle, no mesmo post, pediu “a colaboração dos próximos visitantes” para que a finalidade das visitas não sejam “deturpadas”. Zucco, após a bronca da aliada, apagou a publicação em que aparecia segurando as carnes. Ele não fez novos comentários sobre a visita, nem forneceu explicações sobre o suposto churrasco.

Bolsonaro está preso na própria residência em Brasília, desde o último dia 4 de agosto, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. O magistrado entendeu que o ex-capitão descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente, em especial o uso de redes sociais, ao participar virtualmente de um protesto da extrema-direita na Avenida Paulista. O político segue monitorado por tornozeleira eletrônica.

Fonte: Carta Capital
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