ESCANTEADO: Campanha de Vinícius Miguel ao governo terminou antes de começar

ESCANTEADO: Campanha de Vinícius Miguel ao governo terminou antes de começar


Planos de Vinícius Miguel não eram os mesmos do PSB e tudo mudou às vésperas da convenção

Porto Velho, RO – Terminou antes de começar a campanha do advogado e professor universitário (PSB), ao governo do estado de Rondônia. Sem voz no PSB, que é comandado em Rondônia pelo Deputado Mauro Nazif e pelo irmão Gilson, e sem o apoio da esquerda, Vinícius Miguel foi escanteado pelos partidos que compõem a frente popular e agora, se quiser, vai disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa.

Vinícius Miguel sai de sensação das eleições de 2018, para um segundo plano em 2022, mostrando que todas as reuniões que promoviam seu nome como candidato ao governo do estado neste ano, não passaram de balão de ensaio, ou de apenas movimentos necessários no tabuleiro do xadrez esquerdista.

A pré-candidatura de Vinícius Miguel ao governo do Estado nunca foi unânime, nem entre os dados como apoiadores. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, que bancou o nome do ex-deputado Anselmo de Jesus como candidato à vice governador, sempre mostrou um pé atrás com a pré-candidatura o professor Universitário. Nas discussões internas do partido, sempre uma nova opção ou um defeito era inserido no contexto quando o assunto era a disputa do governo de Rondônia.

Uma possível candidatura de Miguel à Câmara Federal pelo PSB já é tida como um trampolim encontrado pelo presidente da sigla, Mauro Nazif, que busca a reeleição e precisa de votos da base para atingir o coeficiente eleitoral. 

Se a candidatura de Vinícius Miguel à Federal é tida como a tábua de salvação para os planos de Nazif, a possibilidade de uma candidatura do professor e advogado à Assembleia Legislativa, por outro lado, enfrenta resistência, visto que a sigla possui três deputados estaduais que buscam a reeleição (Chiquinho da Emater, Ismael Crispin e Lazinho da Fetagro, que trocou o PT pelo PSB). Embora sejam parlamentares com trabalho comprovado e popularidade, em termos de eleições o PSB deve trabalhar para eleger dois desses três nomes, ou alguma outra surpresa. Com Vinícius Miguel seriam quatro, ou alguma surpresa, para duas vagas.

Com a convenção estadual ainda sem data definida para acontecer, o geralmente ocorre nos últimos dias do prazo estipulado pela Justiça eleitoral, o PSB anuncia agora apoio à candidatura do ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade), com o petista Anselmo de Jesus de vice e sonhando com a candidatura de Acir Gurgacz (PDT) para reeleição ao senado.

Em outra linha de articulação, entretanto, o PSB trabalha com a possibilidade de aproximação com o PSD de Expedito Junior, que também foi escanteado pelo pré-candidato ao governo Marcos Rogério. Neste caso, porém, o Partido dos Trabalhadores sairia da coligação, em virtude das diferenças políticas histórias com Expedito e a sua turma. Neste caso, teriam que encontrar um outro candidato à vice-governador, que numa coligação com o PDT de Acir, poderia ser a empresária Ana Gurgacz.

As explicações:
Em uma entrevista à imprensa, ao anunciar a mudança de planos, Vinícius Miguel falou sobre o que teria feito mudar os planos da coligação de esquerda. “Houve uma mudança, uma readaptação. E estamos nos readequando ao cenário. Essas questões envolvem pensamentos de ordem coletiva, onde todos, em unidade, se colocam à disposição da legenda em prol do projeto. Foi o que ocorreu, naturalmente. É da política”, destacou.

Demostrando serenidade, Vinícius Miguel disse que enfrentará qualquer desafio adiante. “Como eu disse, esses procedimentos fazem parte do processo democrático. Todos nós estamos sujeitos. A missão continua a mesma. Vamos lutar por outro flanco, mas os objetivos são idênticos. A luta é social, coletiva. E nossa batalha segue por essa trilha”, asseverou.
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