Projeto que proíbe linguagem neutra será discutido por ‘deputades paulistes’

Projeto que proíbe linguagem neutra será discutido por ‘deputades paulistes’

Projeto que proíbe linguagem neutra será discutido por ‘deputades paulistes’. Em Rondônia, linguagem neutra já está proibida em escolas estaduais


CCJ pode analisar proposta nesta quarta-feira | Foto: Divulgação / Alesp

Porto Velho, RO - Integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) podem analisar nesta quarta-feira, 25, uma proposta que proíbe utilização da “linguagem neutra” em instituições de ensino público e privado de todo o Estado paulista e em concursos públicos.

Este tipo de linguagem tem como objetivo transformar pronomes de gênero em uma maneira de escrita e fala neutras. Exemplos: Amigo ou amiga tornam-se “amigue”. Namorada ou namorado passam a ser “namorade”.

A proposta que proíbe esse tipo de linguagem foi apresentada em 2020 pelos deputados Tenente Coimbra (PL), Douglas Garcia (Republicanos) e Carla Morando (PSDB). Depois da votação na CCJ, a proposta segue para o plenário da Alesp.

“A ‘linguagem neutra’ é toda e qualquer forma de modificação do uso da norma culta da Língua Portuguesa e seu conjunto de padrões linguísticos, de modo a serem escritos ou pronunciados com a premissa defendida pelos grupos extremistas de ‘anular as diferenças’ de pronomes de tratamento masculinos e femininos, baseando-se em infinitas possibilidades de gênero não existentes”, citam, na justificativa da proposta.

Os parlamentares explicam que a linguagem neutra surgiu por uma questão ideológica. “É inegável a problemática da situação, gerada unicamente por motivos ideológicos e que certamente acarretaria sérias consequências práticas na sociedade. Isto porque obrigar a sociedade a usar pronomes associados a ideias às quais eles se opõem não é apenas opressão: é uma inconstitucionalidade gritante”, afirmaram.

Secretaria de Educação deve valorizar língua portuguesa
O parágrafo único da proposta define ainda que a Secretaria Estadual de Educação deverá “empreender todos os meios necessários para a valorização da Língua Portuguesa culta em suas políticas educacionais, fomentando iniciativas de defesa dos estudantes nos casos da aplicação de qualquer conteúdo destoante das normas e orientações legais de ensino”.

A proposta tem parecer favorável da relatora na CCJ, Marta Costa (PSD).

Revista Oeste
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