Secretários estaduais entram na disputa eleitoral e desfalcam governo Marcos Rocha

Secretários estaduais entram na disputa eleitoral e desfalcam governo Marcos Rocha


Porto Velho, RO
- Não é só o presidente Bolsonaro que fará uma ampla reforma ministerial, exatamente daqui a oito dias. O governador Marcos Rocha perderá, para a eleição deste ano, nada menos do que quatro dos seus mais importantes secretários. Todos eles vão andar pelo caminho das urnas, buscando vagas para a Assembleia Legislativa, mas principalmente para a Câmara Federal. Os bastidores da política regional apontam para mudanças no comando da Secretaria de Educação do Estado, onde o professor Suamy Vivecananda, que comandou com sucesso o setor, deixa o cargo para assumir a disputa à ALE. Para trilhar o mesmo caminho de Suamy, em busca de chegar à Assembleia, estaria se preparando o secretário Jobson Bandeira, da Sejucel, área do governo para a juventude, esportes e lazer.

Já o secretário Fernando Máximo, com números impressionantes na saúde, mesmo com a pandemia, embora tenha dito várias vezes não ter pretensões eleitorais, agora atendeu pedido do Governador e vai sim entrar na luta pela Câmara. O terceiro nome é o do secretário da Agricultura, Evandro Padovani.

Ele já primeiro suplente da bancada federal e vai para a segunda tentativa de chegar ao Congresso. O quarto pretendente, em nível de secretário, é Elias Rezende, o poderoso diretor do DER, também concorrente à Câmara e que, durante sua gestão, conseguiu dar uma boa melhorada na estrutura das rodovias estaduais. Há ainda outros secretários que podem tentar a troca do Executivo pelo Legislativo, mas, ao menos por enquanto, são estes os nomes dos que podem cair fora das suas funções, cumprindo a legislação eleitoral, para concorrer.

Quem serão os interinos, que ficarão no posto pelo menos até meados de outubro ou, no máximo, até 31 de dezembro? O governador Marcos Rocha, consultado por este Blog, preferiu não comentar nada, por enquanto. O que se sabe é que as cobiçadas secretarias, algumas delas com os maiores orçamentos do governo, estão em rota de negociações políticas com aliados, como o prefeito Hildon Chaves e, ouve-se, haveria conversas até com o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol, embora, é claro, ninguém confirme tais elucubrações da nossa política. Rocha tem algumas exigências para escolher seus novos secretários, claro e algumas indicações já teriam sido vetadas pelo Chefe do Executivo, por não estarem dentro da sua forma de governar e da filosofia que implantou na sua administração.

Até porque, enquanto as cúpulas partidárias conversam, tentam aproximações, algumas até surpreendentes, são suas lideranças que vão buscando acomodação, cada um querendo viabilizar sua própria candidatura. Todas as mudanças no governo passarão, pois, por longas negociações políticas, porque agora só há uma linguagem: a da eleição que se aproxima.

E se o 31 de março é o Dia D para a saída de candidatos de seus cargos, para disputar o pleito, o dia seguinte, o famoso 1º de abril (e isso não é mentira!), fecha a janela do troca-troca de partidos. Enfim, o funil está chegando. Outubro é logo ali!

Fonte: Sérgio Pires/OPINIÃO DE PRIMEIRA
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