
Porto Velho, RO - Durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta quarta-feira (2), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) criticou parlamentares governistas, acusando-os de tentar blindar o governo Lula (PT) em meio a investigações sobre gatunagens contra aposentados e pensionistas.
Jordy citou uma série de reportagens que apontam supostas movimentações financeiras envolvendo o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Paulo, entidade ligada a José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula.
“Sindicato ligado ao irmão de Lula movimentou R$ 1,2 bilhão em seis anos, segundo o Coaf. Outra reportagem aponta que o mesmo sindicato pagou R$ 8,2 bilhões a parentes de dirigentes. São informações de relatórios de inteligência financeira”, afirmou Jordy durante discurso.
O parlamentar ainda destacou novas denúncias, que indicam que o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, teria transferido R$ 5 milhões a uma publicitária que trabalhou em campanhas eleitorais do PT, incluindo a de 2010, que elegeu Dilma Rousseff à Presidência.
Segundo Jordy, essas denúncias reforçam a necessidade de convocação de figuras-chave para prestar depoimento à CPMI, entre elas Edson Claro, ex-sócio do “Careca do INSS”, que, segundo ele, já manifestou interesse em depor e estaria sendo ameaçado.
“Não entendo por que deputados do PT votam contra a convocação de alguém que diz ter informações relevantes e que já repassou dados à Polícia Federal. Tudo indica blindagem”, disparou.
De acordo com o deputado, parlamentares esquerdistas querem reverter a narrativa para responsabilizar a gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelas fraudes no INSS.
“Desde o início, vemos uma tentativa de reconstrução da narrativa, dizendo que foi o governo Lula que desmantelou a quadrilha. Mas isso não se sustenta. O que vemos é uma tentativa de evitar a investigação de fatos que incomodam o governo atual”, completou.
Fonte: Por Mael Vale