Senador Hamilton Mourão (Rep-RS). (Foto: Diário do Poder).
Por Juan Araújo
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) em andamento no STF é o ponto culminante do confronto entre o ex-presidente e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Mourão, que era vice-presidente da República na época dos eventos em questão, considera este o ato final da disputa entre os dois poderes.
“Trata-se de um bypass ao devido processo legal e caracteriza o ato final da disputa Bolsonaro e STF, que avocou a si um papel que não lhe compete ao tomar decisões que dificultaram a condução das ações do nosso governo”, declarou o parlamentar em entrevista à CNN nesta terça-feira (2).
O senador rejeita que houve uma tentativa de golpe após as eleições de 2022. De acordo com ele, o abuso de poder da suprema corte fez com que divergências ideológicas se transformassem em “condutas criminosas”, o que prejudicou a campanha de Bolsonaro.
“Não considero ter havido uma tentativa de golpe, simplesmente porque não ocorreram ações concretas nesse sentido, tipo mobilização de tropas, etc. Na minha visão, o presidente Bolsonaro sempre julgou que a eleição foi prejudicada pelo comportamento parcial do TSE”, complementou o congressista.
Vale lembrar que um dia antes, na segunda-feira (1), Mourão já havia chamado julgamento de Bolsonaro de “vingança política”. Ele defendeu a anistia e afirmou que uma possível condenação do ex-presidente e de seus aliados enfraquecerá a democracia brasileira.
“O julgamento que se inicia amanhã, tendo como réus o Presidente Bolsonaro e seu núcleo de assessoramento mais próximo, não é apenas um simples processo jurídico, em verdade é o ocaso de uma vingança política. A quase certa condenação dos réus abrirá um precedente perigoso e enfraquecerá ainda mais a nossa democracia. O Brasil precisa de pacificação, anistia já!“, disse o ex-vice-presidente em seu perfil no X.