
Porto Velho, RO - Publicações em redes sociais apoiando o assassinato do ativista norte-americano Charlie Kirk provocaram repercussões graves no Brasil e nos Estados Unidos. Pelo menos 26 pessoas foram demitidas, suspensas ou sofreram outras punições, segundo levantamento do portal Poder360 baseado em reportagens, entrevistas e declarações públicas.
Nos EUA, a pressão por desligamentos ganhou força com apoio de políticos do Partido Republicano, aliados do presidente Donald Trump e outros líderes conservadores. No Brasil, ações semelhantes se intensificaram após uma campanha do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que divulgou ameaças recebidas e cobrou medidas de empregadores.
Entre os atingidos está o escritor Eduardo Bueno, que teve um evento cancelado pela PUC-RS, em Porto Alegre, após uma fala considerada ofensiva. Já o neurocirurgião Ricardo Barbosa foi desligado da Recife Day Clinic por parabenizar o atirador em uma rede social.
Outro exemplo é o de Luís Otávio Kalil, sobrinho do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que perdeu o emprego na Arena RM. Em nota, a empresa afirmou que suas opiniões não refletiam os valores da instituição.
Repercussões nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, um site anônimo chamado Expose Charlie’s Murderers foi criado para expor dados de pessoas que apoiaram o crime. Segundo a página, foram recebidas mais de 30 mil denúncias, com nomes, fotos e locais de trabalho de 41 suspeitos.
Grandes empresas também reagiram. A Nasdaq, mercado de ações norte-americano, demitiu uma funcionária por mensagens ofensivas, segundo a Reuters. Delta Airlines e American Airlines suspenderam colaboradores após casos semelhantes, conforme reportagens da CNN e do Business Insider. Em comunicado interno, o CEO da Delta, Ed Bastian, afirmou que as manifestações “ultrapassaram os limites de um debate saudável e respeitoso”.
Fonte: Por Juan Araujo