
Porto Velho, RO - O senador Marcos Rogério (PL-RO) revelou, durante entrevista ao programa Arena Oeste, que poderá disputar a reeleição ao Senado em 2026 a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar de aparecer em primeiro lugar nas pesquisas para o governo de Rondônia, o parlamentar afirmou que a conjuntura nacional e o pedido de Bolsonaro podem alterar seus planos.
“Pela bondade de Deus e pela confiança do povo de Rondônia, meu nome aparece em primeiro lugar para governador. Mas, no último encontro que tive com o presidente Bolsonaro, ele me fez um pedido em relação ao Senado Federal. Se o quadro atual permanecer até o fim do ano, a minha candidatura será pela reeleição”, afirmou Marcos Rogério.
O convite para o Senado ocorreu durante um evento em Brasília, onde Bolsonaro assinou simbolicamente a camisa de Marcos Rogério com o número 222, identificador eleitoral para candidatos ao Senado pelo PL, e o chamou para uma conversa reservada. Nesse encontro, discutiram a importância de manter posições estratégicas no Congresso, uma conversa que agora está sob investigação pelo Ministério Público Eleitoral.
O senador destacou que a eleição de 2026 será crucial não só para Rondônia, mas para o Brasil como um todo. Segundo ele, mesmo que Bolsonaro não se candidate, o ex-presidente continuará sendo a maior liderança da direita no país e exercerá forte influência na escolha dos candidatos que representarão seu campo político.
Em relação à inelegibilidade de Bolsonaro, Marcos Rogério se mostrou otimista, afirmando que espera a reversão das decisões judiciais que impedem a candidatura do ex-presidente, destacando que "tirar o Bolsonaro do jogo eleitoral é um golpe à democracia".
Durante a entrevista, o senador também abordou temas polêmicos, como as tensões recentes no Senado envolvendo pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente Alexandre de Moraes.
Ele revelou que a oposição já obteve 41 assinaturas necessárias para que o processo de impeachment avance e defendeu a independência do Legislativo. Além disso, Marcos Rogério sugeriu que o fim do foro por prerrogativa de função seja uma pauta prioritária para o Senado.
O senador também criticou a condução das investigações sobre os atos de 8 de janeiro e sugeriu que uma anistia seria necessária para pacificar o Brasil, diante das irregularidades processuais identificadas.
Fonte: O Observador