Laudo da PF aponta omissão do poder público na queda da ponte Juscelino Kubitschek

Laudo da PF aponta omissão do poder público na queda da ponte Juscelino Kubitschek


As plataformas que restaram da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), foram implodidas. Foto: PRF

Porto Velho, RO
- A tragédia que matou 14 pessoas e deixou outras três desaparecidas com o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek sobre o Rio Tocantins, no fim de 2024, foi resultado direto de omissão do poder público. Essa é a conclusão do laudo da Polícia Federal sobre o caso.

Segundo o documento, a estrutura, que ligava os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) pela BR-226, não resistiu ao abandono e à má execução de reformas. Construída em 1961, a ponte já apresentava sinais de deterioração — apesar de documentados por órgãos federais, esses alertas não foram tratados com a urgência necessária.

O colapso da ponte de 553 metros aconteceu em 22 de dezembro. À época, técnicos que apuraram o desabamento indicaram que o vão central caiu em menos de um segundo, após a estrutura ceder gradualmente por até meio minuto.

A situação da ponte se arrastava nos últimos anos. A última intervenção relevante aconteceu entre 1998 e 2000, quando houve um reforço lateral e a substituição da camada original de concreto por asfalto.

Em 2020, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já havia classificado a ponte como “sofrível e precária”. Quatro anos depois, uma licitação foi aberta para iniciar reformas, mas o processo não teve vencedores e nenhuma obra ocorreu antes do desabamento.

Após a tragédia, o DNIT reconheceu publicamente a responsabilidade. O Ministério dos Transportes assinou um contrato emergencial de 171 milhões de reais para reconstruir a ponte. A previsão é que a nova estrutura fique pronta até dezembro de 2025.

Fonte: Carta Capital
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