A ditadura chinesa e o massacre da liberdade no Brasil

A ditadura chinesa e o massacre da liberdade no Brasil

Aquele homem solitário diante de uma coluna de monstros de metal entrou para a história como um emblema universal da coragem humana. (Foto: Jeff Widener/Associated Press/Wikimedia Commons)

Porto Velho, RO - Na última semana, o decano do Supremo Soviete Federal, Gilmar Mendes, festejou a implantação da censura às redes sociais derramando-se em elogios para o governo da China — o mais antigo regime ditatorial do planeta.

Dias antes, em visita ao país comunista, a primeira-dama Janja havia solicitado ao ditador Xi Jinping que enviasse um especialista em censura para ensinar as técnicas chinesas de extermínio da liberdade de expressão.

O ocupante da Presidência da República vive elogiando o sistema chinês e seus parceiros comunistas do Foro de S. Paulo. Ou seja, não faltam razões para dizermos que a República Popular da China é o grande modelo inspirador do Regime PT-STF.

Acontece que o meu grande herói político é um chinês. Não sei o seu nome, não sei a sua idade, não sei a sua profissão, tampouco sei se ele está vivo. Quando o autor inglês Simon Sebag Montefiore escreveu o livro “Titãs da História — Os gigantes que mudaram nosso mundo”, escolheu justamente esse herói anônimo para encerrar a sua galeria de 190 personagens fundamentais. Estou falando do rebelde desconhecido da Praça da Paz Celestial.

Na manhã de 5 de junho de 1989, uma coluna de 25 tanques Type-59, cada um deles pesando 36 toneladas e equipado com canhão de 100 mm e três metralhadoras, trafegava pela Avenida da Paz Longa, que corta a Cidade Proibida de Pequim. Horas antes, aqueles tanques haviam sido usados para esmagar e metralhar os manifestantes desarmados.

Foi quando ele surgiu. Era um jovem magro, vestia camisa branca e calças pretas, levava duas sacolas nas mãos. Atravessando a avenida em diagonal, o desconhecido se postou à frente da coluna de tanques.

O primeiro tanque da fila parou diante do jovem, que sinalizava com as duas sacolas. Após alguns segundos, o piloto do tanque tentou fazer um desvio pela direita, mas o jovem impediu a manobra, colocando-se outra vez à frente do veículo.

Em seguida, para espanto geral, o anônimo subiu no tanque e aproximou-se da escotilha para conversar com o piloto. Quando o homem voltou ao solo, vieram três pessoas: um ciclista e uma dupla em trajes civis, que conduziram o manifestante pelos braços rumo a um destino ignorado.

Não sabemos que fim levou aquele herói, mas hoje, 36 anos depois daquela tragédia, podemos compreender a sua mensagem.

Ele estava nos alertando contra a ditadura mais assassina de todos os tempos, que atualmente lança sobre o mundo — e sobre o nosso país — as suas garras nefastas.

A coluna de tanques que aquele jovem conteve por alguns momentos simboliza o Partido Comunista Chinês, a organização criminosa que há 76 anos tiraniza o país mais populoso do planeta

O massacre da Praça da Paz Celestial foi apenas mais um episódio da longa lista de crimes do regime fundado pelo genocida Mao Tsé-tung, entre os quais se incluem o Grande Salto para a Frente, a Revolução Cultural, as perseguições aos cristãos, os campos de concentração, a Política do Filho Único e a crise do coronavírus.

Ao contrário do que alguns podem pensar, os estudantes que protestaram em 1989 na Praça da Paz Celestial não faziam reivindicações de caráter econômico. Pediam apenas liberdade. Essa mesma liberdade que vem sendo sistematicamente negada pelos cúmplices da ditadura chinesa em todo o planeta.

Aquele homem solitário diante de uma coluna de monstros de metal entrou para a história como um emblema universal da coragem humana — essa virtude que, como alguém já disse, é a mais importante, porque assegura a existência de todas as outras.

O retrato de Mao Tsé-tung, maior assassino de todos os tempos, responsável por pelo menos 70 milhões de mortes, continua lá, imenso, na Praça da Paz Celestial.

A China continua a demonstrar que a ditadura comunista pode perfeitamente conviver com bons negócios capitalistas. Mas o exemplo daquele homem me ajudou a deixar a ignorância e o autoengano para trás — e olhar para a realidade, mesmo que ela seja tão assustadora como uma coluna de tanques.

Aquele homem sem medo é a imagem dos que lutam contra as ditaduras; e aquela coluna de tanques, a imagem do que o PT e o STF estão fazendo com o Brasil.

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Fonte: Por Paulo Briguet
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