
André Ventura, líder do Chega, de Portugal, atuando na Assembleia da República - Foto: www.partidochega.pt
Porto Velho, RO - O partido de direita Chega foi o mais votado entre eleitores portugueses que vivem no Brasil e se consolidou como a segunda força na Assembleia da República, deixando para trás, em terceiro, o tradicional Partido Socialista. O Chega foi o mais votado no exterior, no cômputo geral, alterando o resultado final da eleiçao.
Com isso, a sigla ocupará 66 cadeiras no parlamento, contra 58 dos socialistas. Na eleição de 18 de maio, o PSD do primeiro-ministro Luís Montenegro foi o mais votado, conquistando 91 assentos.
O partido é liderado por André Ventura, que manifestou solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em diversas ocasiões. Chegou a afirmar que se fosse eleito primeiro-ministro e Lula (PT) desembarcasse em solo português, receberia voz de prisão.
A promessa foi feita na rede social X, quando o líder do Chega se manifestou com indignação sobre o anúncio do primeiro-ministro português de que se reuniria com Lula durante o G20. “Se eu for primeiro-ministro, este momento nunca vai acontecer. E, se tiver de ser, levo as algemas para encaminhar o ladrão para a prisão”, escreveu Ventura.

André Ventura leva mão ao peito ao passar mal em evento no Algarve.
Porto Velho, RO -Há pouco mais de um ano, em março de 2024, antes das eleições anteriores em Portugal, Bolsonaro gravou vídeo pedindo votos dos portugueses para o Chega de Ventura.
O governo confirmou que o Chega foi o partido mais votado por portugueses no exterior, com 26,15% dos votos. Só no Brasil, como o partido mais votado, foram mais de 12 mil votos.
Antes da contagem dos votos do exterior, o Chega e o PS estavam empatados com 58 cadeiras para cada um, mas o desempenho do partido de direita fora de Portugal liquidou o empate, estabelecendo 66 cadeiras contra 58 dos socialistas.
Durante a campanha, André Ventura passou mal por duas vezes, a primeira no Algarve, enquanto discursava em evento, e a outra dois dias depois, em uma caminhada eleitoral na cidade de Lisboa.
Fonte: DP Redação