Mais de 20 paraguaios em situação análoga à escravidão são resgatados em fábrica de cigarros no Rio de Janeiro

Mais de 20 paraguaios em situação análoga à escravidão são resgatados em fábrica de cigarros no Rio de Janeiro


Consumo de cigarro é preocupação para o sistema de saúde. Foto: iStock

Porto Velho, RO - A Polícia Federal, em ação conjunta com a Polícia Civil e com o Ministério Público Federal, resgatou 22 paraguaios que atuavam em um regime análogo à escravidão em fábrica clandestina de cigarros no Rio de Janeiro. O resgate ocorreu nesta segunda-feira 12.

A ação policial, inicialmente, não mirava o trabalho escravo e visava prender os criminosos envolvidos na fabricação clandestina de cigarros no estado. Os agentes, no entanto, foram surpreendidos pelas ‘péssimas’ condições impostas aos estrangeiros que atuavam no local.

As condições de higiene do local foram descritas como péssimas, bem como a circulação de ar na fábrica. Os trabalhadores estavam em um local quente e com barulho intenso do maquinário. Alojamento, banheiro e cozinha não tinham estruturas básicas para acomodar os 22 resgatados. A alimentação oferecida também foi considerada de baixa qualidade.

De acordo com os agentes, a estrutura tinha alta capacidade de produção e era responsável pela distribuição dos cigarros paraguaios, que têm a venda proibida no Brasil, em todo o estado do Rio de Janeiro.

A fábrica, que fica em Vigário Geral, na zona norte do Rio, pertence ao bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho. Ele está foragido da Justiça e está com a prisão preventiva decretada por ter mandado matar contraventores rivais. Adilsinho também é o patrono da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.

Ao todo, cinco homens foram presos em flagrante, todos suspeitos de atuar como gerentes e supervisores no local.

Os presos foram encaminhados à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro. Os trabalhadores paraguaios serão liberados e enviados ao país de origem. Todo o material e os equipamentos usados na fabricação dos cigarros serão levados ao Depósito da Receita Federal, onde serão acautelados e submetidos à perícia técnica.

Fonte: Carta Capital
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