Marcos Rogério aplica “facadas nas costas” de Expedito Júnior ao anunciar Jaime Bagattoli ao Senado por Rondônia

Marcos Rogério aplica “facadas nas costas” de Expedito Júnior ao anunciar Jaime Bagattoli ao Senado por Rondônia

A “cartada” semanal do congressista é um ato relacionado ao “tudo ou nada” eletivo; se der errado, pode ser tornar verdadeiro corte no próprio pé

Porto Velho, RO – O senador Marcos Rogério se descobriu bolsonarista recentemente, quando, em 2018, resolveu apoiar o atual presidente da República durante sua incursão à Câmara Alta. O ápice do apoio exsurgiu do famigerado gesto “arminha com a mão”.

A partir dali, eviscerou-se nova faceta do político que, pouco antes de servir ao DEM, ou seja, ao Centrão, pertencia aos quadros do PDT, legenda brizolista de centro-esquerda, defensora do trabalhismo, portanto, progressista.

Logo, seu histórico remonta ao raulseixismo anexado à ideia de metamorfose ambulante.

Mudar é do ser humano; transformar-se; promover revolução, evoluir e/ou regredir.

É um processo natural experenciado por qualquer existência racional sobre as planícies terrestres.


Há menos de um mês, Marcos Rogério esteve no encontro do PSD em Cacoal / Reprodução

Agora, transmutações cobram seus preços. Há o bônus de determinados passos; porém, paralelamente, são cobradas as consequências negativas, geralmente com altíssimos juros.

No decorrer da semana, Marcos Rogério resolveu sair do “casulo e virar borboleta”.

E ao “virar borboleta”, também virou a casaca; sacramentou, sem pestanejar, o termo “amigo da onça” ao “apunhalar” o parceiro Expedito Júnior (PSD) pelas costas.

Antes da formalização de potenciais enlaces exclusivamente voltados ao período de eleições, Rogério andava com Expedito a tira colo.

Um exemplo claro disso ocorreu há menos de um mês, quando, no dia 18 de junho, em evento do PSD em Cacoal, o congressista reafirmou “que seu candidato ao Senado Federal é Expedito Júnior”, segundo o site Rondoniaovivo.

No dia 05 de julho, no entanto, Rogério veiculou oficialmente a informação sobre a pré-candidatura do pecuarista Jaime Bagattoli pelo PL, sacramentando a “rasteira” no amigo.

Cometeu uma gafe à ocasião, inserindo junto o apoio do presidente Jair Bolsonaro a Bagattoli, retirado da veiculação original 15 minutos após sua publicação.

O ato é uma espécie de tudo ou nada, próprio do vele-tudo político.

É uma “cartada” que pode render a Rogério todos os louros imaginados no plajenamento traçado; lado outro, em caso de falhas, pode significar que a faca atravessou as costas de Expedito, sim, chegando atingir o próprio pé.

Sem Júnior e seu grupo, aliança formada por agentes públicos de “grosso calibre”, inclusive com mandatos em vigor, Marcos Rogério vai se afunilando completamente à sombra remanescente do bolsonarismo, cuja força real só será possível aferir no abrir das urnas.


Anúncio da pré-candidatura de Jaime Bagattoli ao Senado Federal / Reprodução

A foto em que anuncia Bagattoli é sintomática neste sentido vez que a maior representação política na imagem em termos históricos é justamente Valdemar Costa Neto, mandatário nacional da agremiação.

Neto foi preso no escândalo do Mensalão e acabou condenado a 7 anos e 10 meses de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas acabou indultado por Luis Roberto Barroso em 2016.

E é essa a parceria firmada por Rogério que ficou na mesa: uma contradição encarnada, contrariando em carne e osso o discurso anticorrupção entoado pelo membro rondoniense da bancada federal.

Em suma, a traição é um fato muito comum na política. E é, sobretudo, uma decisão de ordem eletiva. O presidente regional no PL não é o primeiro nem será o último a puxar o tapete de um aliado.

Para Rogério, só o futuro dirá se valeu a pena; no caso de Expedito, fica a lição, caso queira aprender.

Fonte: Por Rondoniadinamica
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