Rondônia Rural Show caminha para o encerramento, reação de Confúcio pode significar pré-candidatura, descentralização do governo tem resultado positivo

Rondônia Rural Show caminha para o encerramento, reação de Confúcio pode significar pré-candidatura, descentralização do governo tem resultado positivo

A íntegra da coluna redigida pelo jornalista Waldir Costa

Porto Velho, RO - RRS – Após vários dias de atividade a Rondônia Rural Show (RRS), que foi cancelada em 2020 e 2021 devido a pandemia (covid-19), está sendo realizada em Ji-Paraná e será encerrada no sábado (28). Considerada a maior e mais importante feira do gênero (agronegócio e tecnologia) da região Norte, com previsão de comercialização em torno de R$ 3 bilhões, a RRS, que teve problemas no início com cortes de energia elétrica, água, transporte e ineficiência das praças de alimentação, vai chegando ao fim. Há quem afirme, que a meta de R$ 3 bilhões na comercialização, não deverá ser atingida, porque a crise econômica, social e financeira causada pela pandemia nos últimos anos refletiu diretamente no agronegócio, mesmo o segmento sendo o carro-chefe da economia brasileira, o que amenizou a adversidade provocada pela pandemia em todo o planeta.

RRS II – Durante praticamente toda a semana os problemas político-econômicos de Rondônia passaram pela RRS. O governo do Estado praticamente se instalou em Ji-Paraná nas duas últimas semanas, com a presença de o governador Marcos Rocha (União Brasil) e os principais secretários de Estado; deputados estaduais, inclusive com a realização de sessão itinerante dentro da feira. Demais políticos da área federal também estiveram presentes, representantes de os demais segmentos da população de Ji-Paraná e da região, que marcaram presença na RRS, além de visitantes de outros Estados, e até de países vizinhos. A feira demonstrou ser bem maior que a organização, e que, no próximo ano, muita coisa tem que ser revista, inclusive a estrutura local.

Descentralização – Levar a estrutura governamental (executivo e legislativo) para o interior é uma medida muito importante, mesmo nos dias de hoje, quando a tecnologia permite, quase tudo. Na década de 70 o saudoso, competente e exemplar ex-governador do Paraná, Jaime Canet Júnior já tinha o trabalho itinerante como uma das prioridades na sua administração. A cada três meses o governo se instalava em cidades polos e durante uma semana, todas as ações de governo relacionadas a região eram analisadas no local, inclusive com barracas em ruas abrigando as secretarias de Estado, para atender diretamente prefeitos, vereadores e lideranças regionais urbanas e rurais. A RRS provou, que a medida, ainda, funciona, pois durante a semana governo do Estado e deputados estiveram concentrados em Ji-Paraná.

Descentralização II – A visão político-administrativa de Jaime Canet e seu secretariado na década de 70 continua atual. E a RRS provou isso com ações importantes como assinaturas de convênios para obras de infraestrutura urbana e rural, saneamento básico, pavimentação, recuperação de locais públicos e os deputados puderam analisar, discutir e votar projetos de importância para a região. O trabalho itinerante também traz o povo para mais perto do político, inclusive, para ele saber como é a forma da administração pública, bem diferente do trabalho privado, autônomo. Na administração pública não basta querer, tem que poder, pois há uma série de exigências ditadas por leis, que devem ser cumpridas, sob pena de o gestor público perder o mandato.

Governador – A reação em “alto tom” do senador Confúcio Moura (MDB-RO) contra o governador Marcos Rocha (União Brasil), que na abertura da Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná, disse que assumiu um governo “com sérios problemas financeiros e um déficit de R$ 426 milhões para pagar a folha de servidores”. Confúcio usou a tribuna do Senado, esta semana e alertou: “não me calarei mais diante de ofensas agressivas, falta de traquejo, descortesia e polidez sem tamanho”, se referindo ao governador. Rocha é pré-candidato à reeleição e Confúcio disse publicamente, que não é candidato nas eleições deste ano. O MDB de Confúcio, ainda, não tem candidato à sucessão estadual. Seria um recado de Confúcio a Rocha, e que ele pode rever sua posição e concorrer ao cargo que já ocupou em dois mandatos seguidos? Quem viver verá...

Respigo

Confúcio se sentiu ofendido com as palavras de o governador Marcos Rocha, que disse ter assumido um governo com muitas pendências financeiras com servidores e fornecedores, como já citamos. Ocorre que Rocha assumiu o cargo de Daniel Pereira, na época no PSB, hoje no Solidariedade, que era vice e ocupou o cargo com a renúncia de Confúcio (abril de 2018), nove meses antes do final do mandato, para disputar o Senado e se eleger +++ Fábio Ribeiro diretor-geral da Escola do Legislativo de Rondônia, mantida pelos deputados estaduais está participando do 35º Encontro das Escolas do Legislativo do Brasil, de evento em Belo Horizonte, que encerra hoje (27). Fábio é presidente do Conselho Fiscal da Associação das Escolas do Legislativo do Brasil (Abel) e está acompanhado da diretora pedagógica da escola, Carmen Ronconi +++ Quem quiser encontrar a maioria dos políticos de Rondônia basta marcar presença hoje (27) e amanhã na Rondônia Rural Show em Ji-Paraná. Como teremos eleições gerais (presidente da República, governadores e vices; uma das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas) em outubro próximo, não faltarão tapinhas nas costas na disputa do voto, além de um lago sorriso...

Fonte: Por Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
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